recapitulando: março/2015

Se eu tivesse que resumir o mês de março em uma palavra eu diria que foi intenso. Se eu pudesse usar mais algumas, eu diria que foi trágico, bonito, torto e certo. Foi o mês em que a Téia morreu, as aulas voltaram de verdade, eu escrevi muito (terminei uma longa de 112k! Yay!), eu conheci meu priminho, teve o Lollapalooza, eu (re)encontrei muita gente, repensei muitas coisas, tive que tomar algumas decisões complicadas… Mas eu quero fazer posts sobre todas essas coisas. Meu primo merece um post sobre ele e o quão incrível foi pegar ele no colo, ele agarrado no meu dedo. Meus alunos merecem um post de verdade falando sobre o quanto eu tive de sorte com minhas turmas e meus alunos particulares desse semestre, o Lolla merece um post, as reviravoltas e até o luto, todos eles merecem seu próprio post. Eu acho que coloquei o blog em pause depois que a Téia morreu porque eu meio que coloquei tudo em pausa. Mas chegou a hora de apertar play, né?

LIVROS

Alguém tá surpreso que eu não li quase nada esse mês também? Minha leitura tá super lenta, principalmente escrevendo tanto quanto eu tenho escrito ultimamente, mas eu li dois livros. Odiei os dois, heh. Não vale nem a pena trazer as capas deles pra cá (apesar da capa de um deles ser linda), então eu vou só linkar.

The 100 (Book #1) da Kass Morgan é o primeiro livro da série que deu origem à série de TV. É meio chocante que uma série tão legal, com uma personagem protagonista mulher e bissexual, com tanta diversidade escrita de maneira positiva, possa ter vindo de um livro tão mal-escrito, com personagens mal construídos e tantas mensagens de machismo e até termos misóginos. Pra não contar com a falta de diversidade. Eu olhei os resumos dos próximos livros, e não dá pra acreditar que continuou tudo tão a mesma coisa da mesma chatice.

Pelo que eu entendi, The Love Affairs of Nathaniel P., da Adelle Waldman, era pra ser irônico mesmo. O personagem protagonista era pra ser um homem irritante e os pensamentos dele em relação à mulheres são, de propósito, estereotipados. Mas gente, qual é o objetivo desse livro? Chatão. Irritante. Não lembro de ter detestado tanto um protagonista em muito tempo. Difícil ler um livro inteiro com um Nice Guy (TM) que se acha a pessoa mais correta e incrível do mundo inteiro, superior à todos a volta dele por A+B quando, bem na real? Não. Menos, Nate. Bem menos.

MÚSICA

Ai, tantas coisas lindas!!!!!! Eu sei que no recap do mês passado eu já falei de Kongos, mas agora que eu vi eles ao vivo, eu preciso recomendar de novo. Uma música em específico, que eu acho que é minha preferida deles:

Outras bandas/artistas que tu provavelmente precisa ouvir e amar:

(versão acústica da música nova. Eles só tem um EP por enquanto, Wake The Sun, mas eles são muito bons, socorro.)

(embora eu seja apaixonada pela Halsey justamente pela batida meio pop alternativa, tem alguma coisa linda sobre esses acústicos de 1Mic1Take, então essa versão é uma das minhas coisas preferidas do mês. Ela também só tem um EP por enquanto, Room 93, e é absolutamente incrível. Se tu gosta de Lorde, vai amar Halsey.)

(elas acabaram de assinar com o Hi or Hey Records, tão começando, mas gente?! Meninas com punk pop?! Siiiiim.)

E fora esse combo, não é desse mês, é de janeiro, mas vocês já ouviram American Beauty/American Psycho do Fall Out Boy? Eu tenho uma crença de que dá pra se dizer muito sobre uma pessoa dependendo de quais músicas do FOB elas gostam mais. E se alguém descarta eles de cara e diz que não gosta, eu não sei se posso confiar na pessoa. Sinceramente.

PODCAST EPISODES

Copiar+colar do último recap: “Só um heads-up: podcast pode ser baixado em qualquer aparelho da Apple pelo app já instalado com o nome de Podcast mesmo, em qualquer outro smartphone depois de baixar um app de podcasts, ou nesse site lindinho que deixa ouvir qualquer podcast pela internet mesmo.”

Eu ouvi só na primeira semana do mês, então eu tenho pouquinhas recomendações (e no mês que vem provavelmente eu vou compensar por isso), mas então, vamos lá.

Reply All: #15 I’ve Killed People And I Have Hostages, episódio demais demais demais sobre um tipo específico de trotes pra polícia que eu nem sabia que existia. Fala brevemente sobre essa mentalidade nova da era da tecnologia, que é um assunto que eu adoro. Mó legal.

Stuff To Blow Your Mind: olha, eles estavam deixando um pouco a desejar com os episódios, mas How much does the soul weigh? foi um dos episódios mais loucos e interessantes que eu já ouvi nesse podcast. É sobre um cientista que queria provar a existência da alma através de experimentos (sim, tu acertou: com pessoas morrendo!) o quanto ela pesava. E ele chegou a um número específico.

SERIADOS

Quase todos os seriados que eu falei mês passado mereciam estar aqui de novo. A series finale de Parks and Rec foi absolutamente bem feita, engraçada, e emocionante, a season finale de The 100 foi chocante e assustadora por um lado, fazendo sentido e sendo incrível por outro, e Shameless segue pisoteando no coração da galera (mas eu to um pouquinho atrasada).

AGENTS OF SHIELD VOLTOOOOOOOOOOU!!!!!!! Skye chutando bundas!!!!! Minha fave sendo maravilhosa, yaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaasssss!!!!! Dichen Lachman aparecendo um pouquinho (insira aqui emoji levantando as duas mãos pro céu). O que eu mais gosto desse seriado é o quanto tem tanta coisa acontecendo e tendo a atenção que merece ter, que os relacionamentos mais fortes e importantes são as amizades. Pouquíssimos personagens têm ou já tiveram em algum momento da série um relacionamento romântico relevante pra trama. Tudo é sobre amizade e confiança e lealdade. E socorro, porque tudo o que eu quero nesse seriado é que meus faves todos não morram e sejam felizes (Skye, Bobbi, Mack e Fitz). E desses quatro, dois já foram dados como mortos uma vez, e basicamente todos tão… uh… em situações complicadas. @escritores: não me decepcionem. Protejam minhas tiny children.

Outra recomendação é I Love Lucy & Bekka, uma webseries do YouTube super fofa.

TED TALKS

LINKS

Literally Imperfect, pela equipe da Rookie. Uma lista de livros sobre não ser o socialmente/culturalmente/pessoalmente considerado perfeito. Eu meio que coloquei todos na minha lista de livros pra ler mas não achei nenhum ainda na internet/na biblioteca. Bolada. (Se alguém quiser fazer doações, estamos felizes em aceitar, ok.)

Doenças digitalmente transmissíveis: Histeria coletiva, por Sofia Soter. Outro dos meus tópicos preferidos, escrito por uma das minhas pessoas preferidas também. Eu não sei o que dizer sobre isso além de: leiam.

The Loser Edit, sobre reality shows, e nossas próprias versões de vinhetas de perdedor e de campeões, quando somos um e quando somos outro. (Não achei a assinatura da pessoa no artigo, oops.)

Are Same-Sex Colleges Still Relevant?, por vários autores. É uma discussão do Room For Debate do New York Times com vários argumentos super interessantes. Ainda não decidi qual meu ponto de vista nisso tudo, porque sinceramente, acho que pessoas dentro dessa realidade que devem ser ouvidas, mas foi muito legal ler sobre isso.

It’s Not Always Depression, por Hilary Jacobs Hendel. Olha, esse foi um dos artigos mais legais que eu li esse mês e em muito tempo também. É sobre um homem com “depressão”, qual era realmente o problema dele, e a abordagem tomada. Pra qualquer pessoa com o mínimo interesse em pessoas, esse artigo é demais.

For Some in Transgender Community, It’s Never Too Late to Make a Change, por Jacob Bernstein. Sobre ser transgênero quando não se é tão novo(a). Leitura maravilhosa, mas mesmo que tu não entenda inglês, só as fotos já são lindas.

Scientists Created False Happy Memories In Mice, por Katharine Trendacosta. O título já meio que explica. O mais legal desse artigo, como bastante coisa postada nesse site, é a discussão nos comentários.

Uma lista de histórias sci-fi de seis palavras, reunidas por Ria Misra mas com vários autores. Dei muita risada.

Feminists don’t hate men. But it wouldn’t matter if we did, por Jessica Valenti. “Besides, when women hate men, we hurt their feelings. When men hate women, they kill us.”


E já que eu não usei muitas imagens mas preciso usar alguma pra ficar de imagem de destaque pra aparecer na home, vou de Halsey, porque ela é #goals.

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2 thoughts on “recapitulando: março/2015

    1. cara, foi uma das coisas mais lindas que eu li em março!!! (e eu acho que você em especial precisa checar halsey, porque ela é uma angry feminist que critica white feminism — apesar de, ok, ser branca — e fica calling out the media em não incluir trans NUNCA quando fala de feminismo etc etc etc ela é demais) (isso foi uns brackets bem longos mas) (mandando todo esse amor em dobro pra você!)

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